Diorlei Santos é muito mais do que um educador, artista e promotor cultural. Ele é uma força viva da transformação, uma sinfonia de resistência em um mundo que muitas vezes desafina. Sua história é uma partitura de superação, onde cada nota é uma vitória sobre as estatísticas e cada acorde ressoa com o poder da arte.
Para Diorlei, a arte não é apenas um passatempo ou uma forma de expressão, é a própria essência da vida. É o ar que ele respira, a água que ele bebe, e a força que o levanta todas as manhãs para enfrentar o dia. A arte o resgatou, e agora ele usa esse resgate para alcançar outras crianças e adolescentes nas comunidades periféricas onde atua. Não se limitando à música, sua arte transcende fronteiras, tocando lugares onde poucos conseguem chegar, oferecendo uma conexão que nenhum psicólogo ou profissional de saúde poderia alcançar. Para Diorlei, a arte é tudo, especialmente a arte preta, carregada de ancestralidade e significado.
Sua jornada o levou a ser um dos cofundadores do Bloco Afro Pretinhosidade, um movimento cultural que ressoa com a batida do coração de Curitiba. Desde os primeiros diálogos até as ruas onde o bloco ecoa, Diorlei e seus irmãos e irmãs, viram seu sonho coletivo se tornar uma realidade palpável. O Bloco Afro Pretinhosidade não é apenas uma celebração da cultura negra, mas também uma afirmação da resistência e da identidade em uma cidade que muitas vezes ignora suas raízes africanas.
Mas a influência de Diorlei vai além das ruas do bloco. Com as Princesas do Ritmo, ele trouxe uma nova melodia para a comunidade da Vila Torres. Essas jovens não são apenas músicas, são símbolos de esperança e empoderamento para outras meninas na comunidade. Eles são uma prova viva de como a música pode ser uma ferramenta de transformação social, resgatando a veia artística de uma comunidade que há muito tempo é um celeiro de talento.
Enfrentar os desafios como um educador preto em Curitiba não é tarefa fácil, mas Diorlei não recua. Ele está na linha de frente, nas trincheiras da comunidade, lutando contra o racismo e a exclusão com cada palavra e cada nota que ele compartilha. Para ele, a música não é apenas entretenimento, é uma arma de empoderamento e mudança de perspectiva, especialmente nas comunidades carentes onde o acesso à arte e cultura é muitas vezes limitado.
Quanto ao futuro, Diorlei tem grandes planos. Ele sonha com uma sede para o Bloco Afro Pretinhosidade, com as Princesas do Ritmo conquistando o mundo e inspirando outras mulheres a seguirem seus passos. Ele imagina um centro de referência para formação de arte educadores negros e uma aplicação justa da Lei 10639 nas escolas, para que a história e cultura afro-brasileira sejam celebradas e respeitadas como merecem.
Para aqueles que desejam promover mudanças positivas em suas comunidades através da arte e do ativismo, Diorlei tem uma mensagem clara: comece. Não importa o quão pequeno seja o passo, o importante é dar o primeiro passo. As ideias começarão a fluir, a ancestralidade guiará o caminho e, juntos, podemos criar um mundo mais inclusivo, equitativo e vibrante através do poder transformador da arte e da cultura.